"... A Graciosa dum verde muito tenro, acabando dum lado e do outro em penhascos decorativos"

- 3.º Conde de Cumberland

Graciosa - A Ilha Branca

A segunda ilha mais pequena dos Açores é caracterizada pela baixa pluviosidade o que leva à relativa secura da ilha, dando-lhe uma tonalidade esbranquiçada, que lhe valeu o cognome de ilha Branca, por Raul Brandão na obra As Ilhas Desconhecidas (1926).

Santa Cruz da Graciosa
Ilustração do moinho da Graciosa

* Moinho de vento tradicional da ilha Graciosa

O retomar e refinar das tradições vinícolas

Após a década de 1770, e com a abertura do comércio com portos brasileiros e colónias portuguesas africanas e asiáticas, os Açores ganharam importância, o que permitiu que os seus vinhos e aguardentes fossem comercializados. Mas, durante o século XIX, as vinhas açorianas foram assoladas por pragas, que levaram ao rápido declínio da economia graciosense, bem como a emigração da sua população. E, só a partir da década de 1950, e com a criação da Adega Cooperativa, é que a produção vinícola foi recuperada.

Esta congregou a produção de vinho e melhorou as técnicas de fermentação e conservação, particularmente a partir da entrada em laboração das suas instalações de produção e engarrafamento de vinho, inauguradas a 19 de Agosto de 1962. Hoje em dia, na Ilha Graciosa, são produzidos vinhos brancos, que permanecem bons companheiros da gastronomia regional. A aguardente e os vinhos aperitivos complementam o leque de bebidas autóctones.

Foliões da ilha Graciosa
* Foliões da ilha Graciosa
Sec XX, Beira Mar da Vitória, chamando os fregueses com o búzio
* Chamando os fregueses com o búzio

Na ilha Graciosa era “mais fácil de obter dois tonéis de vinho do que um de água fresca”

- 3.º Conde de Cumberland

Características Gerais da Ilha

A Graciosa é uma ilha situada no extremo noroeste do Grupo Central do arquipélago dos Açores, a 37 km a nordeste da ilha de São Jorge e a 60 km a noroeste da Terceira. A ilha, classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera, é a segunda mais pequena do arquipélago e é também a de relevos menos imponentes, com várias zonas aplanadas e serras suaves. A baixa pluviosidade leva à relativa secura da ilha, o que lhe dá no fim do estio uma tonalidade esbranquiçada, que lhe valeu o cognome de ilha Branca, por Raul Brandão na obra As Ilhas Desconhecidas (1926).

Um dos "ex libris" da ilha é uma formação rochosa de grandes dimensões, em frente ao farol da Ponta da Barca, com uma configuração muito parecida com uma baleia vista de perfil. Esta ilha teve uma grande tradição na produção de cereais, com vários moinhos construídos com a tradicional forma dos moinhos de vento da Graciosa, chegando a haver 31 moinhos ativos. Alguns destes moinhos são hoje imóveis de interesse municipal, e em meados do século XVIII inicia-se o aproveitamento terapêutico das águas termais do Carapacho.

Farol da Ponta da Barca
* 1929, Pico Negro, construção do Farol de Ponte da Barca
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